sábado, 31 de janeiro de 2015

Artigo no Jornal O.Farroupilha

O presente artigo foi publicado no dia 30.01.2015 no jornal O.Farroupilha, com o objetivo de esclarecer a sociedade sobre a importância de valorizar outras habilidades nos indivíduos, especificamente pessoas em processo de desenvolvimento como as crianças e adolescente.


As Múltiplas Inteligências
Respeitar a diversidade na escola visa mudar a nossa concepção de educação a partir do momento em que reconhecemos que cada sujeito possui suas características individuais de aprender.
Assim as novas pesquisas referentes à plasticidade cerebral nos revela o quanto o ser humano pode aprender mesmo com suas limitações, ou seja, podemos perceber e/ou discernir que o conceito de aprendizagem e inteligência muda de acordo com as descobertas científicas oportunizadas em cada época.
Antigamente acreditava-se que a inteligência do indivíduo era hereditária, chamada “Inatismo”, esta perspectiva acredita que as pessoas carregavam certas habilidades, conceitos, conhecimentos e qualidades em sua bagagem hereditária.
Segundo estudos de cientistas educadores publicada em tabloides de renome (http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/inatismo-empirismo-construtivismo-tres-ideias-aprendizagem-608085.shtml) e do nobre inglês Sir Galton, (Livro O indivíduo superdotado: História, concepção e identificação, pág. 4), ao qual utiliza uma família da Grã Bretanha, na sua base de pesquisa para comprovar que a inteligência está relacionada à transmissão das gerações como acontece da mesma forma que os traços físicos.
Estas pesquisas influenciaram na época nos estudos que repercutiram, simultaneamente aos do Alfred Binet que introduziu os testes de inteligência que tem por objetivo classificar o sujeito e estabelecer um padrão de normalidade e anormalidade. No entanto este tipo de teste está sendo extinto e questionado desde o século XX devido às novas teorias sobre a concepção de inteligência.
Por sua vez, colabora para os estudos e descobrimentos atuais sobre o desenvolvimento humano, por Jean Piaget, epistemólogo e Howard Gardner Inteligência Múltiplas ambos com visão diferente das demais, as quais reconhecem e cita que a inteligência tem contribuições genéticas, mas sendo o meio em que o sujeito está inserido que influenciará na contribuição significativa para desenvolver os diferentes tipos de inteligência.
Segundo Howard Gardner Inteligência Múltiplas, existe diferentes tipos de Inteligência como: a inteligência lógico-matemática, inteligência linguística, inteligência pictórica, inteligência musical, espacial, cinestésica, naturalística, interpessoal, intrapessoal e linguística.
Sendo assim as novas descobertas e teorias sobre o desenvolvimento da inteligência do ser humano vem contribuindo para que possamos rever os nossos conceitos e critérios avaliativos sobre inteligência, pois a aprendizagem não é homogêneo .
Privilegiar apenas aspectos intelectuais e cognitivos, sem considerar os aspectos artísticos, emocionais e sociais podem promover sucessivos fracassos e contribuir com a exclusão escolar.
Portanto deve-se considerar o sujeito e respeitá-lo na sua diversidade reconhecendo as suas múltiplas inteligências, onde permite ampliarmos o nosso olhar sobre prática educacional, para que não se reduza apenas em testes que visem o enquadramento de um padrão pré-estabelecido, mas que possamos considerar este indivíduo no seu contexto biopsicossocial como sendo único no seu processo de aprendizagem em nossa prática avaliativa.
por Ana Cristina Ferreira Côrtes
Psicopedagoga, Especialista em Educação Especial
Professor(a) da Rede Pública Municipal de Farroupilha/RS

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